E como fica sua privacidade?
Para se proteger de um processo no qual é acusado de violar as leis de escuta ao vasculhar o conteúdo de email, o Google admitiu que os usuários do Gmail não têm “expectativa razoável” de que suas mensagens sejam confidenciais e que "devem necessariamente esperar que seus e-mails sejam sujeitos a processamento automático". Ou seja, sabem que seus emails e o conteúdo deles são acessados livremente
pela companhia.
O processo foi aberto em maio e alega que o Google “abre, lê e adquire ilegalmente o conteúdo de mensagens privadas dos usuários” para direcionar propaganda. De acordo com o Folha De S. Paulo, o presidente do conselho da empresa, Eric Schmidt, é citado na peça e diz que “a política do Google é chegar bem perto da linha do inadmissível sem cruzá-la”.
A empresa diz que se trata de “práticas comuns de negócio” e que “da mesma forma que o remetente de uma carta a um colega de trabalho não pode se surpreender caso a secretária deste abra a carta, as pessoas que usam email baseado na web não podem se surpreender se suas comunicações forem protegidas pelo serviço de comunicações eletrônicas do destinatário, no curso da entrega”.
Ainda segundo a publicação, o presidente do Consumer Watchdog, John Simpson, disse que a resposta do Google remete a outra analogia. A de que um email é como uma carta. Espera-se que ela seja entregue no endereço indicado e não que o carteiro a abra e leia. “O Google, enfim, admitiu que não respeita a privacidade”, disse.
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